sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

CAPÍTULO V [DAMNED RESIDENT SON OF BITCH] PART 1


Feito o hackeamento dos sistemas de defesa da subestação, Cara de Aranha se deu conta de que não havia como desligar os sistemas das Sentinelas, pois elas não eram automáticas, sua constituição era biológica. Descobriu também que havia uma passagem subterrânea para o laboratório principal onde Selamento deveria estar. Feito o Download dos mapas ele e Cara de Gato foram até o leão pintado de vermelho e preto no pedestal e acionaram a chave de abertura da passagem localizada no traseiro da escultura. Cara de Aranha colocou metade do braço dentro do traseiro do leão e um rugido ecoou na sala. Uma passagem se abriu, ele e Cara de Gato entraram. A frente dos dois ninjas um corredor parcialmente iluminado revelava um caminho misterioso. O fato de não possuírem o scanner radar, dificultava ainda mais a exploração do caminho. Eles teriam que confiar no sentido Aranha e na força de Cara de Gato, não a força de evacuação, mas na força bruta mesmo. Avançaram com cautela.

Ouviram um ruído vindo da entrada a direita do corredor.

A experiência diz que quando você ouve um barulho vindo do corredor existem duas opções: Ou você volta imediatamente para conferir o detonado ou então é hora de avançar com cautela. Cara de Gato tomou a frente, Encostou-se a parede, Cara de Aranha estava logo atrás. Os sons aumentaram de intensidade, pareciam passos. Passos rápidos, contínuos, estalavam sobre o piso metálico. Os Anbus sentiam que o que quer que fosse se aproximava rapidamente. Cara de Gato tocou sua espada, Cara de Aranha foi para o teto. Os Anbus formariam uma linha de ataque fulminante. A intensidade dos sons aumentou à medida que “a coisa” se aproximava, seus passos mais próximos agora. Cara de Gato estava apreensivo, detestava ser surpreendido, ele gostava de saber quem estava cortando.

Os passos cessaram. A coisa grunhiu um gemido rouco, um bafo putrefato mangueou qualquer tentativa normal de respiração. O que quer que fosse agora estava bem perto, já era possível sentir o odor da criatura. Batimentos cardíacos dos Anbus no limite, sentidos em alerta. Ela voltou a andar, agora pra longe dos dois intrusos.

Cara de Aranha desceu do teto, olhou o corredor misterioso e nada viu. Nenhum sinal da criatura de bafo tenebroso. Voltou-se para Cara de Gato.

-Vamos avançar...

Cara de Aranha precisava sair daquela furada com urgência.

Cara de Gato precisava de uma calça nova.

Surgiu uma bifurcação ao fim do corredor. Não havia luz nessa seção. Era preciso decidir qual rumo seguir. Separar-se ou seguir juntos? Optaram por avançar separados. Cara de Aranha iria pela esquerda enquanto Cara de Gato exploraria a passagem da direita.


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